Ensaio de fio incandescente – o que é e qual sua importância?

Entenda a importância do ensaio de fio incandescente e por que este teste é indispensável para a indústria.

 

Diversos aparelhos elétricos e eletroeletrônicos que temos dentro de casa hoje funcionam com alguma fonte de calor.

É o caso, por exemplo, das panelas elétricas, dos fornos elétricos e até mesmo dos chuveiros.

Além disso, outros equipamentos que não possuem uma fonte de calor intencional também podem apresentar calor em fios que esquentam durante o uso, ou em fricção de componentes.

O que muita gente não sabe é que essas fontes de calor precisam de componentes isolantes para que não representem risco de incêndio.

Entretanto, como se pode ter a certeza de que esses componentes isolantes funcionarão adequadamente?

A resposta é simples: por meio dos testes para certificação da categoria, chamados de ensaio de fio incandescente.

No post de hoje, você verá o que é este teste, como ele funciona e qual a sua importância.

 

O que é ensaio de fio incandescente?

O ensaio de fio incandescente é um teste feito em todo equipamento elétrico que possui uma fonte de calor, seja ela direta (como as resistências) ou indireta (como os fios que esquentam durante o uso).

Na verdade, ele simula a fonte de calor do equipamento para testar seus componentes isolantes.

O componente isolante é posicionado dentro da máquina, em segurança e longe de outros componentes que possam causar incêndios.

Então, um fio incandescente (fonte de calor) é encostado no componente isolante com um carro de apoio (uma haste móvel que leva o fio até o componente).

Este fio é mantido em contato com o componente que está sendo testado durante determinado tempo.

Após o término deste tempo, o carro que sustenta o fio incandescente recua automaticamente.

Durante este período será observado o comportamento do componente isolante.

 

O que é avaliado durante o ensaio de fio incandescente?

Primeiramente, é avaliada a resistência do componente à combustão.

Em seguida, é avaliado quanto tempo demora até que o componente entre, de fato, em combustão.

Caso o componente entre em combustão, é avaliado quanto tempo ele demora até que a chama se apague voluntariamente.

Tudo isso é levado em consideração para avaliar se o componente isolante cumpre com sua função, ou se é necessário descartá-lo e solicitar ao fabricante que o modifique.

 

Quais as regras para o ensaio de fio incandescente?

Ele deve ser feito simulando situações reais, o mais próximo possível de ocasiões que realmente possam ocorrer.

Os componentes a serem testados não devem ser afetados indevidamente pelo calor do ensaio.

São feitos ensaios em equipamentos que podem estar expostos a estresse térmico devido a efeitos elétricos e à deterioração dos componentes.

Os testes são feitos tanto em equipamentos com fonte de calor quanto em equipamentos que possuem apenas pontos de risco de calor (entenda-se pontos onde o calor está presente, mas não necessariamente em forma de resistência. Por exemplo: um fio elétrico de alta tensão que esquenta durante o uso do produto).

A temperatura é ajustável para simular a temperatura real que pode ocorrer em cada caso.

Elementos incandescentes e resistores sobrecarregados são potenciais fontes de incêndios, mas cada caso possui uma temperatura diferente.

Estes tipos de fontes de calor precisam de isolantes diferentes, que são avaliados por meio dos testes.

Se os indicadores ficarem dentro dos limites aceitáveis das normas técnicas, o produto é aprovado quanto à resistência ao calor.

Caso contrário, o fabricante precisará trocá-lo por outro e refazer os testes.

Nenhum equipamento reprovado pode ser comercializado ou utilizado em qualquer tipo de produto.

Isso poderia causar um incêndio imprevisível, sendo de alto risco para qualquer tipo de utilização.

A Someh projetou um equipamento para ensaio de fio incandescente que atende a todas as normas técnicas. Para conhecer, clique aqui.

 

Normas

As normas técnicas que regem o ensaio de inflamabilidade ao fio incandescente e os ensaios relativos ao risco de fogo são:

• NBRIEC60695 parte 2-11 Ensaio de fio incandescente – Método de ensaio de inflamabilidade para produtos acabados;
• NBRIEC60695 parte 2-12 Métodos de ensaio de fio incandescente/aquecido – Método ensaio de inflamabilidade para materiais;
• NBRIEC60695 parte 2-13 Métodos de ensaio de fio incandescente/aquecido – Métodos de ensaio de temperatura de inflamabilidade ao fio incandescente GWIT para materiais.