Por trás dos produtos que tomam conta das prateleiras diariamente, estão envolvidos processos minuciosos que visam garantir a qualidade final. Nesse sentido, o ensaio de compressão é um dos testes de maior relevância.
Justamente por isso, hoje falaremos um pouco mais sobre ele, que se trata de um procedimento mecânico destrutivo. Seu principal objetivo é determinar o limite de resistência de um material quando comprimido.
Então, para entender como essa etapa funciona e como ela está intimamente relacionada à certificação de produtos, continue com a gente!
Tipos de ensaios mecânicos destrutivos
Primeiramente, precisamos entender que o ensaio de compressão é um tipo de ensaio mecânico destrutivo. Quando uma determinada amostra é submetida a tal teste, o intuito é identificar o esforço máximo suportado por ela.
Além do ensaio de compressão, podemos citar outros exemplos de avaliações mecânicas, como as que medem:
- Tração;
- Dureza;
- Dobramento;
- Flexão.
De forma bastante resumida, todos os procedimentos têm a intenção de verificar quais são os limites físicos dos materiais, os quais são chamados de corpos de prova.
O que é o ensaio de compressão?
Simplificadamente, a compressão é um esforço aplicado em determinada direção e que tem o objetivo de causar uma deformação. Assim sendo, o material exposto a tal força será avaliado quanto à resistência e elasticidade, por exemplo.
Em geral, o comportamento padrão de um corpo de prova comprimido é o encurtamento. Além de ter sua estrutura alterada, ele pode chegar ao extremo e romper.
Tecnicamente falando, a compressão atua de “fora para dentro”, comprimindo a seção transversal da amostra. O ensaio de tração, por sua vez, age de forma contrária, de “dentro para fora”, “esticando” a peça.
Vale ressaltar ainda, que todos os testes são realizados através de máquinas desenvolvidas exclusivamente para esse fim.
Quais são os tipos de ensaio de compressão?
Evidentemente, os tipos de ensaio de compressão podem variar de acordo com o material a ser analisado. Porém, dentre os mais comuns, podemos citar três categorias.
1. Materiais dúcteis
Quando submetido à compressão, o material dúctil tende a apresentar deformação lateral. Enquanto a força aplicada não for suspensa, o corpo de prova se modificará, sem romper, até que se transforme em um disco.
Aqui, o principal indicador obtido através do teste será referente à zona elástica da amostra. Desse modo, tal propriedade mecânica será avaliada e considerada adequada ou não para fabricar o produto projetado.
2. Materiais frágeis
Outra classe muito submetida ao ensaio de compressão é a de materiais frágeis. Entretanto, a única propriedade avaliada no teste é o limite de resistência, tendo em vista que a fase elástica é praticamente imperceptível.
Nesse tipo de cenário, o corpo de prova se rompe antes que seja possível identificar o ponto de elasticidade máxima.
3. Produtos acabados
Podemos citar como exemplos nessa categoria as molas e tubos, que são produtos acabados e precisam ter a capacidade aferida. Nas molas, geralmente, o teste de compressão é efetuado para determinar sua constante elástica e sua resistência.
Com relação aos tubos, o corpo de prova é posicionado entre as placas da máquina e achatado até o surgimento de fissuras na peça. Sendo esse ponto atingido, a ductilidade do material pode ser identificada.
Na prática, como funciona o teste de compressão?
Agora que você já sabe como o teste de compressão funciona na teoria, podemos imaginar como ele funciona na prática. Para tanto, basta que pensemos em um produto do nosso cotidiano, como por exemplo, uma cadeira de escritório.
Antes de ser colocada à venda, o fabricante deve verificar sua resistência e saber qual o peso máximo suportado por ela. Caso isso não seja feito, a cadeira não poderá garantir nenhum tipo de segurança ao cliente final.
E, obviamente, não é isso que a marca quer, certo?
De tal maneira, ela é submetida aos equipamentos responsáveis por aplicar uma pressão direta e crescente sobre suas seções. Assento, encosto, braços, pernas e rodas, todas as partes serão igualmente testadas.
Tão logo a primeira peça comece a entortar, perder estabilidade ou se quebrar, pronto! O limite de compressão está estabelecido e já sabemos quantos quilos o produto será capaz de resistir.
É imprescindível, portanto, que as máquinas envolvidas nos testes sejam de qualidade, garantindo resultados precisos e confiáveis. Afinal, isso determinará a credibilidade com a qual o produto se apresentará ao mercado consumidor.
Qual a importância da certificação de produtos?
Sem dúvida alguma, a reputação de uma marca está intrinsecamente associada à confiança que ela transmite e aos níveis de satisfação dos clientes ao adquirirem suas mercadorias.
Assim, a maneira mais adequada de comprovar que determinado produto desempenha bem sua função é através das certificações.
Baseada na avaliação de uma empresa especializada, a certificação visa assegurar que as normas técnicas de qualidade e segurança são atendidas pelo produto em questão.
Etapas para Certificação de Produtos
Para que um produto obtenha a certificação que comprove seu desempenho de excelência, as seguintes etapas devem ser seguidas:
1ª Fase: Tudo terá início com a auditoria dos processos de produção, passando pela fase de qualidade dos equipamentos e conhecimento técnico dos colaboradores;
2ª Fase: Em seguida, é realizada a coleta de amostras que serão submetidas ao teste de tração, compressão, resistência, entre outros;
3ª Fase: Por fim, os resultados serão divulgados, indicando os aspectos aprovados e reprovados e a certificação do produto poderá (ou não) ser liberada.
Tendo em mente a importância das certificações e os testes necessários — como o de compressão — para obtê-las, fica mais fácil saber por onde começar, não é mesmo?
Agora que você já sabe a importância de testes como o ensaio de compressão, conheça as máquinas para ensaio de produtos da Someh.