Embora possa parecer um assunto muito distante, a ductilidade está presente em diversos contextos do nosso dia a dia. Isso porque, ela é uma propriedade das dezenas de utensílios que manuseamos o tempo todo.
Dessa maneira, é indispensável às indústrias a determinação do quão dúctil os materiais são para que produtos realmente seguros e funcionais sejam desenvolvidos.
Portanto, confira neste artigo como esses índices podem ser obtidos e saiba sua importância para o processo de certificação!
O que é a ductilidade?
Antes de uma matéria-prima ser utilizada na fabricação de um produto, é preciso conhecer todas as suas características, tais como tenacidade — que é a quantidade de energia que o material pode absorver antes de romper — e ductilidade.
A ductilidade, por sua vez, diz respeito ao grau de deformação que um material consegue atingir antes do seu rompimento total. Ou seja, é a capacidade que ele apresenta de sofrer deformações sem trincar, rachar ou romper.
De tal maneira, um elemento que é capaz de sofrer grande deformação plástica (permanente) ao ser submetido a um esforço é considerado muito dúctil, pois se alonga por certo tempo antes de colapsar.
Por que ductilidade é diferente de fragilidade?
Apesar da ductilidade e a fragilidade serem frequentemente confundidas, as duas propriedades indicam características completamente opostas uma da outra.
Enquanto a ductilidade indica a capacidade que o material possui de se deformar antes de se romper (bem como vimos), a fragilidade surge quando o corpo de prova (CP) se rompe, sem deformar, ao ser exposto a cargas ou tensões.
Em outras palavras, quando um material é frágil ele quebra sem dar “avisos”, pois não se alonga e apenas rompe ou trinca abruptamente. Logo, quanto maior a ductilidade, menor será a fragilidade de um CP.
Como obter a ductilidade de um material?
Assim como outras propriedades mecânicas, a ductilidade pode ser obtida através de um ensaio de tração. O método consiste em submeter um corpo de prova padrão à aplicação de uma força axial de tração (como o nome sugere).
Além da ductilidade, o ensaio pode fornecer informações relevantes sobre outras características, como: Módulo de Elasticidade, Tensão no Escoamento, Tensão na Ruptura, Deformação no Escoamento, Deformação na Ruptura e etc.
Para reforçar o conceito já apresentado no tópico anterior, o material frágil conta com altas tensões de ruptura e baixas deformações. O dúctil, por outro lado, apresenta baixa tensão de ruptura e alta deformação.
Qual a importância do ensaio de ductilidade?
Como vimos até aqui, a ductilidade é a propriedade de deformação (sem ruptura) de um material. Em geral, são os metais que apresentam maiores índices de ductilidade, tendo em vista sua ampla utilização na produção de fios/cabos.
É bem verdade, porém, que cada elemento possui seu próprio ponto dúctil, o qual não indica, necessariamente, se esse material é bom ou ruim. Isso porque, tudo dependerá da sua aplicação.
Entretanto, independentemente de qual seja a finalidade, o fato é que materiais dúcteis apresentam grande capacidade de deformação.
Assim, é fundamental que eles sejam bem analisados e selecionados para fabricar produtos que demandem tal característica. Afinal de contas, erros na determinação do ponto de ductilidade e fragilidade, por exemplo, podem causar graves acidentes.
Testes executados corretamente não só garantem a qualidade final do produto e a segurança do consumidor final, mas também facilitam o processo de certificação do produto.
Isso ocorre porque a testagem prévia de um material permite que ele chegue ao laboratório de certificação com maiores chances de aprovação, já que há maior probabilidade dos pré-requisitos estarem sendo atendidos.
Para encerrar, portanto, é imprescindível que o ensaio de tração seja realizado com máquinas modernas e que forneçam resultados precisos para evitar divergências e prejuízos, muitas vezes, irreparáveis.
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